Oficina de fotografia compõem atividades paralelas à exposição Mario Cravo Neto: Sob o Sol da Bahia
- 04/08/2025
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As atividades acontecem nos dois primeiros sábados de agosto, gratuitamente, na Caixa Cultural Salvador.
A Caixa Cultural Salvador oferece uma visita mediada à mostra, com o curador Christian Cravo, e uma oficina de fotografia, com o fotógrafo Rafael Martins como parte das atividades paralelas da exposição Mario Cravo Neto: Sob o Sol da Bahia. A visita mediada acontece no próximo dia 2 de agosto, às 16h e a oficina de introdução à fotografia será no dia 9 de agosto, das 9h30 às 12h30, na sede da Caixa Cultural Salvador. As ações são gratuitas e para participar da visita mediada, basta comparecer ao local, sem necessidade de inscrição prévia. Já a participação na oficina, cuja oferta é de 20 vagas, requer que os interessados se inscrevam pelo perfil de Instagram da exposição: @exposicaomariocravoneto. A oficina é destinada a pessoas sem experiência prévia em fotografia e que possuam um telefone celular com câmera.
O objetivo é capacitar iniciantes a explorar a fotografia como linguagem de expressão, estimulando a criatividade e a sensibilidade, e valorizando a cultura visual da capital baiana. No conteúdo programático da oficina estão os fundamentos da fotografia – como enquadramento, composição, foco e luz -, a edição básica com aplicativos gratuitos e os ajustes de corte, brilho, contraste e nitidez, além de um panorama da fotografia baiana, desde a documentação histórica até a arte contemporânea. O ministrante, Rafael Martins, presta serviços para Mongabay Brasil, Anistia Internacional, Agência France Press, Folha de São Paulo, UOL e os institutos Alana e Terroá. Entre 2018 e 2023, Rafael foi agraciado com quatro prêmios: CNH de Jornalismo, New Holland Fotojornalismo, SEBRAE de Jornalismo e Banco do Nordeste de Jornalismo.
A exposição inédita “Mario Cravo Neto: Sob o Sol da Bahia”, que reúne fotografias, objetos, vídeos, desenhos e pinturas em aquarela do renomado artista plástico baiano, segue em cartaz até o dia 2 de novembro, na Caixa Cultural, com entrada gratuita. Ela oferece ao público uma imersão na Bahia das décadas de 1960 e 1970, revelando um tempo e uma atmosfera que já não se percebem na contemporaneidade. Com curadoria de Christian Cravo, fotógrafo e filho do artista, a mostra apresenta um recorte do período experimental de Cravo Neto, entre 1967 e 1975 — fase marcada por intensa produção artística e encerrada por um grave acidente que redefiniu sua trajetória. Para o curador, “o maior legado de Mario Cravo Neto foi o de um artista que acreditou profundamente em sua vocação, mesmo em uma época em que linguagens como o cinema e a fotografia ainda não eram amplamente reconhecidas nas artes visuais”. Ele destaca ainda a interdisciplinaridade da obra do pai, que transitou com maestria entre pintura, escultura, land art, fotografia e cinema.
Ao todo, são quarenta fotografias coloridas e em preto e branco, que retratam pescadores, estivadores, plantações de tabaco e representações afrodescendentes em Salvador e no Recôncavo Baiano. As aquarelas evocam o movimento das ondas do mar, enquanto os filmes em 8 mm exploram o corpo em três diferentes dimensões: a dança (em Gato Capoeira, de 1975), o trauma (em Lua e Sombra, de 1975) e o nascimento da filha (em Lua Diana, de 1972). As obras são exibidas em um projeto expográfico que integra vídeos, objetos e gravuras de forma contínua e sensorial.
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