A amizade é essencial para a saúde emocional

  • 26/07/2025
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A amizade é essencial para a saúde emocional

Os laços afetivos verdadeiros podem reduzir o estresse, prevenir doenças e melhorar a qualidade de vida.

Vínculos afetivos estáveis reduzem o risco de depressão, fortalecem a imunidade e até aumentam a expectativa de vida. É o que mostra uma pesquisa da Harvard Medical School, que acompanhou mais de 700 pessoas ao longo de 75 anos, concluiu que relacionamentos de qualidade são o fator mais importante para a felicidade e a longevidade, mais até do que dinheiro ou fama. “Quando nos sentimos emocionalmente conectados e aceitos por alguém, o cérebro libera neurotransmissores como a ocitocina e a serotonina, que promovem bem-estar e reduzem os níveis de cortisol, o hormônio do estresse”, explica a neurocientista e psicanalista Ana Chaves.
As amizades verdadeiras atuam como um poderoso fator de proteção contra o estresse crônico, a ansiedade e até mesmo a depressão. Esse impacto positivo das conexões sociais também tem sido amplamente reconhecido por órgãos de saúde. Em 2023, o Cirurgião-Geral dos Estados Unidos, Vivek Murthy, publicou um relatório oficial alertando para uma “epidemia de solidão e isolamento social”, cujos efeitos sobre a saúde são comparáveis aos de fumar 15 cigarros por dia. Segundo o documento, a ausência de vínculos significativos aumenta o risco de doenças cardiovasculares, depressão, ansiedade, declínio cognitivo e morte precoce. “Conexões humanas são tão essenciais quanto alimentação e exercícios”, afirmou Murthy.

Em momentos de crise emocional, contar com uma rede de apoio pode fazer toda a diferença. “Conversar com um amigo de confiança pode trazer alívio imediato, ampliar a percepção sobre o problema e impedir o agravamento de estados de sofrimento psíquico. Amizade não é só companhia: é cuidado mútuo”, reforça Ana. Além dos benefícios emocionais, as conexões sociais influenciam positivamente o corpo. Pesquisas indicam que pessoas com boas relações interpessoais têm menor risco de desenvolver doenças, apresentam melhor resposta imunológica e vivem mais tempo. “A solidão prolongada, por outro lado, já é considerada um fator de risco tão grave quanto o tabagismo ou a obesidade”, afirma Ana, recomendando cultivar amizades com presença e escuta genuína.

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