Autocuidado não é um luxo, mas uma necessidade. A afirmação é da médica do Kurotel Daniele Rossi, que ressalta que é necessário se hidratar ao longo do dia, movimentar-se com regularidade, prestar atenção ao que se consome, tanto em termos de alimentação quanto de estímulos, e também reservar momentos para pausas conscientes respeitando os próprios limites. Além disso, ações simples como desconectar-se das redes sociais durante as refeições, criar momentos de silêncio, desenvolver novas habilidades (como aprender um instrumento ou idioma), praticar leitura e escrita reflexiva, e limitar o uso excessivo de telas são ferramentas potentes para o bem-estar mental e emocional. A própria OMS reforça o papel do uso consciente da tecnologia como parte do autocuidado moderno. A chamada "saúde digital" vem sendo cada vez mais valorizada como forma de prevenir estresse, dependência digital e fadiga informacional.

De acordo com estimativas da OMS, até 70% das doenças crônicas poderiam ser evitadas com práticas regulares de autocuidado — como alimentação saudável, sono de qualidade, controle do estresse e atividade física. O impacto coletivo dessas ações é imenso, tanto no bem-estar individual quanto na redução de gastos com saúde pública e tratamentos hospitalares. Um dos grandes desafios, segundo a especialista é lidar com a culpa de parar ou se priorizar em meio à rotina agitada. “Muitas vezes, cuidar de si é visto como egoísmo, quando, na verdade, é o contrário. O autocuidado fortalece a saúde, melhora o desempenho no trabalho e nas relações e evita o esgotamento físico e emocional", destaca.