Dimitri Ganzelevitch lança coletânea de crônicas Minha Vida de Jasmim

  • 20/07/2025
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Dimitri Ganzelevitch lança coletânea de crônicas Minha Vida de Jasmim

Lançamento será no dia 26 de julho (sábado), às 16h, no Santo Antônio Além do Carmo. Festa será acompanhada de espetáculo teatral inédito montado especialmente para o evento.


Nascido no Marrocos, o francês de origem russa Dimitri Ganzelevitch viveu em países como França, Espanha, Portugal e Inglaterra, antes de se instalar definitivamente em Salvador, em 1975. Agora, para celebrar os 50 anos de sua vida em território soteropolitano - e aos 89 anos de idade -, ele está lançando o livro “Minha Vida de Jasmim”, uma coletânea de crônicas publicadas em veículos como Gazeta Mercantil e A Tarde, além de textos inéditos.

O lançamento, no dia 26 de julho (sábado), às 16h, será num lugar fundamental para Dimitri: o Solar Santo Antônio, no Santo Antônio Além do Carmo, onde ele vive desde a década de 1980. A festa será aberta ao público e haverá um breve espetáculo montado especialmente para a ocasião, dirigido pelo cineasta Bernard Attal e protagonizado pelos artistas Rita Rocha, Igor Epifânio e Marcelo Flores. O evento também marca a despedida de Dimitri daquela casa, que foi vendida recentemente. “Essas crônicas têm um pouquinho de tudo, porque o ecletismo é uma característica minha. Sou eclético na culinária, na leitura, nos amigos… moro no Santo Antônio Além do Carmo, que é um bairro eclético, e vivi em diferentes países. Isso, então, se reflete no que eu escrevo. Mas não tenho pretensões literárias. Não sou nenhum Fernando Sabino, que admiro muito”, brinca o cronista.

Portanto, o leitor pode se preparar para ler sobre os mais diversos assuntos: há lembranças do tempo em que era criança, como na crônica “Minhas Infâncias” - que mistura ficção e realidade - ou memórias relacionadas a espetáculos teatrais, como faz em “Um Domingo de Tarde em Casablanca”, em que lembra do impacto que teve ao assistir a uma montagem da companhia Katherine Dunham Company, ainda aos 13 anos de idade. Veja esse trecho de “Um Domingo de Tarde em Casablanca”: “O choque seria determinante para muitas das minhas opções culturais e até políticas. Fiquei deslumbrado, atônito, mareado pela beleza do espetáculo, suas músicas e ritmos, a estética força dos corpos suados, pois era inevitável o impacto sensual do espetáculo sobre um rapaz em pleno desenvolvimento intelectual e físico”.

No livro, Dimitri fala também de pessoas que encontrou, como a fadista Amália Rodrigues, o compositor e pianista russo Igor Stravinsky, o presidente Juscelino Kubitschek, as sultanas otomanas e o maestro Yehudi Menuhin. E, embora não tenha o português como língua materna, Dimitri impressiona pela fluência do texto e pela leveza como escreve. “Sempre li muito em várias línguas, inclusive em português, autores como Eça de Queiroz e Machado de Assis, gosto muito deles. E curto o desafio de escrever em uma língua que não domino completamente. Português é uma língua belíssima! Às vezes, descubro uma palavra e digo: tenho que usar isso”, ri o autor.

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