IBGE e Conab confirmam estimativas positivas para a safra de grãos em 2025
- 14/07/2025
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O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), relativo ao mês de junho de 2025, com dados sistematizados e analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), estima, para a safra 2025, uma produção de cereais, oleaginosas e leguminosas de 12,7 milhões de toneladas, o que representa um avanço de 11,3% na comparação com a safra de 2024. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), por sua vez, também projeta expectativas positivas na produção, na área plantada e na produtividade dos grãos para o ciclo 2024/2025. Soja e algodão destacam-se na produção desse novo ciclo.
De acordo com o IBGE, a área plantada dos grãos para 2025 está estimada em 3,67 milhões de hectares (ha), com crescimento de 3,5% em relação à safra de 2024. Com isso, o rendimento médio (3,45 toneladas/ha) da lavoura de grãos no estado da Bahia será de 7,6% acima da safra anterior. O volume de soja colhido está estimado em 8,61 milhões de toneladas, o que corresponde a um crescimento de 14,3% sobre o verificado em 2024. A área plantada com a oleaginosa no estado é de aproximadamente 2,14 milhões de ha. O rendimento médio de 4,01 toneladas/ha tem relevância nesse desempenho positivo, com aumento de 8,3% em relação à safra anterior.
As duas safras anuais do milho, estimadas pelo IBGE, devem alcançar 2,50 milhões de toneladas, o que representa aumento de 8,0% na comparação anual. Com relação à área plantada, houve queda de 0,7% em relação à estimativa da safra anterior, de 605 mil ha. A primeira safra do cereal está projetada em 1,74 milhão de toneladas, 12,2% acima do que foi observado em 2024. Já para a segunda safra, é esperado um recuo de 0,5% em relação à colheita anterior, com expectativa de 763 mil toneladas. Outro importante produto da safra baiana, o algodão (caroço e pluma), tem produção estimada em 1,86 milhão de toneladas, o que representa aumento de 5,1% em relação ao ano de 2024. A estimativa evidencia que a Bahia se mantém como o maior produtor da Região Nordeste e o segundo maior do Brasil, responsável por 19,9% da safra nacional, atrás apenas do Mato Grosso (70,6% da safra nacional). A área plantada com a fibra aumentou 5,3%, alcançando 400 mil ha em relação à safra de 2024.
Para a lavoura do feijão, a estimativa é de uma safra menor em 4,2%, na comparação com a safra 2024, totalizando 213 mil toneladas. O levantamento tem estimativa de 375 mil ha plantados, 1,3% menor que a safra anterior. A primeira safra da leguminosa (122 mil toneladas) foi 11,0% inferior à de 2024, e a estimativa da segunda safra (91 mil toneladas) prevê uma variação positiva de 6,7% na mesma base de comparação. Em relação ao café, está prevista a colheita de 281 mil toneladas em 2025, 12,9% acima do observado no ano anterior. A safra do tipo arábica foi de 110 mil toneladas, com variação anual de 5,9%. Por sua vez, a safra do tipo canéfora foi de 171 mil toneladas, 18,0% acima da colheita do ano anterior.
Para a lavoura da cana-de-açúcar, o IBGE estima produção de 5,49 milhões de toneladas, revelando decréscimo de 1,0% em relação à safra de 2024. A estimativa da produção do cacau, por sua vez, ficou em 119 mil toneladas, apontando um avanço de 7,0% na comparação com a do ano anterior. Na fruticultura, destacam-se as estimativas das lavouras de banana (906 mil toneladas), laranja (632 mil toneladas) e uva (61 mil toneladas), que registraram, respectivamente, variações de 4,8%, 0,3% e 10,0% em relação à safra anterior.
O levantamento ainda indica uma produção de 907 mil toneladas de mandioca, 14,7% a mais que a de 2024. A produção de batata-inglesa, estimada em 340 mil toneladas, indica acréscimo de 1,7%; e a do tomate, estimada em 183 mil toneladas, aponta queda de 48,4% na comparação com a do ano anterior. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em seu décimo levantamento de 2024/2025, estimou uma produção de 13,8 milhões de toneladas de grãos – o que representa um avanço de 10,8% em relação ao ciclo 2023/2024.
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