Plenária Define Mesa Coordenadora Da Comissão Estadual De Agroecologia E Produção Orgânica
- 21/05/2025
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Bahia dá mais um passo rumo ao fortalecimento da agroecologia com foco em participação social e sustentabilidade
A Comissão Estadual de Agroecologia e Produção Orgânica (CEAPO) realizou, nos dias 20 e 21 de maio, uma importante plenária no Instituto Anísio Teixeira (IAT), em Salvador, que resultou na definição da nova mesa coordenadora da CEAPO e no início dos trabalhos para elaboração do Plano Estadual de Agroecologia e Produção Orgânica (PEAPO).
O encontro contou com a participação de representantes do Governo da Bahia, movimentos sociais, organizações da sociedade civil e universidades, que se reuniram para debater estratégias voltadas ao desenvolvimento rural sustentável e à consolidação da agroecologia como política pública de Estado.
Entre os principais pontos abordados, destacaram-se a valorização do protagonismo de mulheres e jovens do campo, o fortalecimento dos mecanismos de controle social e a articulação entre saberes tradicionais e científicos. A construção do PEAPO será baseada na Lei de Agroecologia, com metodologia participativa, e visa definir metas de execução, monitoramento e expansão das práticas agroecológicas no estado.
“Viabilizar o funcionamento dessa comissão demonstra o compromisso do Governo do Estado com as pautas da sociedade civil organizada. Esse primeiro plano será fundamental para orientar nossas ações na Bahia”, afirmou Tiago Pereira, coordenador-geral do Programa Bahia Sem Fome e da CEAPO.
Durante os dois dias de discussões, os participantes destacaram a agroecologia como um modelo produtivo capaz de garantir segurança alimentar com respeito à biodiversidade, à cultura local e à autonomia dos territórios. Paula Ferreira, da Rede Povos da Mata, ressaltou: “Não podemos falar em agroecologia sem incluir os povos que historicamente cuidam da terra”.
Carlos Eduardo, da Articulação de Agroecologia da Bahia (AABA), complementou: “Agroecologia é a ciência do lugar”, reforçando a necessidade de políticas territorializadas. Já Leomarcio Araújo, do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), destacou a agroecologia como caminho essencial para enfrentar a fome de forma duradoura. “Essa é uma conquista importante da sociedade civil. O governo está demonstrando vontade política para transformar a agroecologia em uma política de Estado”, celebrou.
A plenária também propôs a inclusão de experiências regionais nas próximas reuniões da CEAPO, além de pautas específicas como controle de agrotóxicos, alimentação escolar, educação agroecológica e fortalecimento da produção de alimentos saudáveis.
Fonte e Imagem: Ascom/ GovBa