Os hábitos que podem reduzir o risco de câncer colorretal
- 04/09/2025
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O câncer colorretal está associado a hábitos como consumo excessivo de carnes vermelhas, embutidos, ultraprocessados e refinados. Imagem: Freepik.
Setembro Verde é o mês de conscientização sobre a importância da prevenção e do diagnóstico do câncer colorretal ou câncer de intestino, tumor considerado uma doença do "estilo de vida". O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que 45.630 novos casos da doença devem ser registrados no Brasil em 2025. Na Bahia, a estimativa é de 1.940 novos diagnósticos este ano. O câncer colorretal, ou câncer de intestino, abrange os tumores que acometem a parte do intestino grosso, chamada cólon, e sua porção final, o reto. 90% dos casos da doença se originam a partir de pólipos (lesões benignas que se desenvolvem na parede interna do órgão). "Além do estilo de vida pouco saudável, fatores como histórico familiar, inflamações intestinais crônicas e presença de pólipos no intestino também aumentam o risco para desenvolvimento do câncer colorretal ", explica o oncologista Eduardo Moraes, da Oncoclínicas.
Segundo tumor mais frequente em homens e mulheres brasileiros, ficando atras apenas dos cânceres de mama e próstata (sem considerar o câncer de pele não melanoma), o câncer colorretal é associado a fatores como alimentação inadequada, sedentarismo, obesidade e sobrepeso, tabagismo e consumo excessivo de álcool. De acordo com relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), o consumo excessivo de carnes vermelhas, gorduras, embutidos, ultraprocessados e refinados aumenta o risco do câncer da doença. “Por ser considerado um dos tumores mais evitáveis, a informação é uma grande aliada da prevenção do câncer colorretal. Além de prevenível, ele tem mais de 90% de chance de cura quando diagnosticado precocemente ”, destaca o oncologista Bruno Protásio, da Oncoclínicas.
“O objetivo do Setembro Verde é justamente alertar e conscientizar a população sobre a importância dos hábitos saudáveis e da realização da colonoscopia, o exame de rastreamento que permite a prevenção e o diagnóstico precoce desse tipo de tumor”, afirma a oncologista Maria Cecília Mathias, da Oncoclínicas. Os dez hábitos e medidas protetivos, que ajudam a reduzir o risco de desenvolvimento do câncer colorretal são manter-se no peso adequado; incluir três porções de frutas e três de legumes e verduras na alimentação diária; limitar o consumo de carne vermelha; praticar atividade física de maneira regular; não fumar; hidratar-se (beber em torno de dois litros de água por dia); evitar alimentos embutidos e ultraprocessados; reduzir consumo de sal, açúcar e gordura; evitar consumo de bebidas alcoólicas em excesso e controlar o estresse.
A realização do exame de colonoscopia é a forma mais eficaz de diagnosticar os tumores colorretais. Trata-se de um exame endoscópico do intestino grosso - cólon e reto - onde é introduzido um tubo com uma câmera na extremidade, permitindo detectar e remover pólipos ou tumores malignos em diversos estágios. A orientação é que o exame seja realizado, a primeira vez, entre os 45 a 50 anos, e repetido a cada cinco ou dez anos, de acordo com indicação médica, para pessoas assintomáticas e sem fatores de risco, ou seja, sem histórico de câncer de intestino ou pólipos na família, e doença inflamatória intestinal. A colonoscopia permite detectar e remover lesões pré-cancerígenas. “Os pólipos são nódulos benignos que podem se transformar em câncer ao longo dos anos, o rastreamento através do exame é fundamental para prevenção ou diagnóstico precoce do câncer colorretal”, esclarece Marco Lessa.
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